domingo, 18 de dezembro de 2011


Memórias de um Rio “Sabor”

Canoas à água,         
Chuva abundante.
Pagaias em riste,
E é p’ ra montante!               

Enfia a pagaia                              
No rio ondulante                           
E dá-lhe com força       
Com vento p’ la proa
E a ré p’ ra jusante.

Com toda a força
Do pagaiar...
Ora a bombordo
Com forte puxar
Ora a estibordo
P’ ra endireitar,
Lá vão as canoas
Contra-corrente
Em busca da ilha
Perdida no rio
Enquanto os corpos
Aguentam o frio,
Até mesmo aquecem
Á custa da força
Do pagaiar.
E eis que depois
De muito remar,
Chegamos à ilha
Perdida no meio
Do rio que vai cheio.

O frio que faz,
Gela-me o corpo...
 Subo ao seu topo,
E aquela oliveira
Carregada de fruto
Que em tempos foi Flor,                                       
Diz-me que a vida
Mora ali mesmo
Na ilha perdida
No meio do rio

A.Mar
Memórias da subida do Sabor em canoa

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